quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Escritura!

Depois de dias seguidos de céu cinzento e chuvoso, o Sol decidiu dar um ar da sua graça, como se para abençoar o início desta aventura. A escritura, acto burocrático feito de discursos solenes e gestos ritualizados, foi pretexto para a passagem de vários testemunhos: o das chaves, objecto que consubstancia a possibilidade de entrada numa nova etapa; e o de algum do historial da casa, na pessoa do anterior proprietário, um portuense residente em Lisboa. Ficamos para já a saber que pertencera a uma tia, e que albergara algumas memórias de infância. Posteriormente, foi arrendada a um barbeiro, que abriu o estabelecimento no piso térreo e se instalou no primeiro piso. O segundo piso era ocupado por uma viúva. Foi a última residência de ambos, e a idade provecta em que desapareceram é inspiradora de bons augúrios de longevididade para os novos residentes.

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