segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Arranjinhos

E se num dos degraus faltasse um pedaço de pedra? Bem, há remédio para tudo: procura-se um pedaço de pedra de tamanho compatível, 'apara-se', mistura-se um pouco de cimento-cola com limalha de pedra e, finalmente, coloca-se no sítio (resultado indetectável como num passe de magia, no degrau onde pousa a sapatilha).

domingo, 28 de novembro de 2010

L'avenir

Portas e janelas protegidas por plásticos, para evitar a chuva, emprestam à casa um ar de algo que aguarda, pacientemente, a sua vez para se revelar à cidade (que espreita já, de forma turva, por esses enquadramentos). Dentro, a reprimir mal a ansiedade, sentimo-nos já parte desse projecto.

Rechaud

As boas pechinchas exigem disponibilidade, curiosidade, um olhar atento e um espírito aberto. Esta peça, um rechaud de cerâmica em estado impecável e que terá provavelmente a idade da casa, foi 'descoberta' e arrebatada pela simbólica quantia de cinco euros numa pequena flea market que ocupou ontem um edifício da baixa portuense (uma iniciativa que se repete mensalmente e que tem tanto de comércio solidário e reciclagem como de activismo urbano).

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Corridas urbanas

Sendo um de nós corredor amador, já se estudam hipóteses de percursos pela cidade. Correr é uma forma diferente de conhecer a geografia e a vibração das ruas, emprestando-lhes uma coreografia inusitada (com o auxílio de um leitor de mp3 devidamente recheado). É algo que se pode fazer em qualquer lugar do mundo e nas primeiras visitas às cidades serve de estratégia imbatível para um reconhecimento rápido do território, especialmente das zonas verdes e marginais junto a cursos de água. Para além disso, quando se participa em provas organizadas, é uma oportunidade única para imaginar e experimentar como seriam as cidades se não existissem automóveis. Conferenciando com amigos, ficamos a saber que da nossa zona é possível descer desde a parte alta para a frente fluvial e depois percorrer a zona da Foz até Matosinhos. O regresso pode ser feito de Metro, com saída bem perto de casa. Garantem-me que é possível evitar o trânsito e as multidões. Agora é só vestir o equipamento, experimentar a estrada e avaliar as impressões.

domingo, 14 de novembro de 2010

Verso e reverso

Porta e janela do rés-do-chão no seu sítio devido.

sábado, 13 de novembro de 2010

Hermenêutica cromática

Após uma reunião para discutir opções de cores, a impressão é a de entrar num universo onde as palavras nem sempre dizem o que querem dizer. Anuímos às propostas do arquitecto, que preencheram as vagas projecções com que aparecemos. Trata-se de uma paleta de tonalidades suaves, (do catálogo CIN) cuja leitura poderá variar com a luz disponível:

NO INTERIOR:
- madeiras (inclui rodapés, janelas, portas e os balaústres das escadas): "amarelo tráfego" (um tom mitigado, suave)
- quartos (incluindo tectos): "salmão" (que se poderia classificar num quase rosa, a puxar para o bege)
- hall de entrada, cozinha, sala de jantar e vão de escada: "flor de yuca" (outra cor suave, algures entre o amarelo e o castanho, mas que poderá parecer branco com a devida exposição solar)
- tectos: branco puro (o único fácil de compreender de forma instantânea...)
- escritório e sala de estar: "verde bernini" (uma variação luminosa, que permitirá por em destaque, em homenagem velada ao ilustre escultor, os tectos com trabalhos em gesso)

NO EXTERIOR:
- para as paredes, um castanho ocre, o mais aproximado possível ao tom amarelado tradicional e original (que, de resto, é obrigatório manter, a não ser que se tenha uma atracção incontrolável por embróglios legais)
- as caixilharias, portas e janelas irão continuar com o vermelho óxido (que terá também um apontamento no interior, no corrimão das escadas)

Novidades neste domínio em breve, sob a nova etiqueta: 'pinturas'.

Pastilha

Para a casa de banho de serviço, pronta para ser colocada. Apesar de não ser um material contemporâneo da casa, é uma opção moderna elegante e que encaixa muito bem (e, sobretudo, vai ficar a matar com o chão cinzento e a louça preta e branca).

sábado, 6 de novembro de 2010

Da rua

Só agora, para quem passa na rua, é que apareceu o primeiro sinal de trabalhos na casa. Daqui a dias, esperamos, o cenário será bastante diferente. Já agendada, a primeira reunião oficial para decidir cores (sim, está aberta a discussão, pelo que aguardamos os vossos bitaites).

Quase no sítio

E finalmente, mesmo a entrar no sétimo mês de obras, as portas e janelas estão quase prontas para substituir as antigas. Faltam só os vidros e uma pintura que substitua a apesar de tudo bela coloração natural da madeira de tacula.