sexta-feira, 1 de julho de 2011
Allez, allez!
O espaço apruma-se de esperança, as portas entreabrem-se de ansiedade, o ar enche-se de expetativa e até o coração já fez as malas. É a hora da mudança a aproximar-se, momento charneira para perceber quanto do lastro do nosso percurso, quantificado em tralha, pode ser dispensado para começar uma vida nova.
domingo, 26 de junho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
A luz nas portadas
Ring my bell...
Quais vídeo-porteiros, quais quê. A verdadeira campainha tem que anunciar as visitas com majestade, o trinado a estremecer fundações, abalar os tímpanos e agitar o coração.
domingo, 12 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Cozinha: making off
quinta-feira, 2 de junho de 2011
"A vida é como os interruptores..."
segunda-feira, 30 de maio de 2011
A+
domingo, 29 de maio de 2011
Há exatamente um ano atrás...
sexta-feira, 27 de maio de 2011
O outro lado duma casa na baixa
Uma perspectiva rara neste blog, e que temos tentado evitar por vários motivos. De qualquer das formas, a ideia da casa neste momento não estaria completa sem incluir este cenário no fundo do quintal, cuja remoção aguarda (pacientemente, mas cada vez menos) autorizações técnicas, autárquicas, políticas e possivelmente uma intervenção divina ou uma insurreição civil.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Tecnologia!
O que é uma família moderna sem equipamentos e sistemas tecnológicos? Uma família com trabalhos redobrados, é o que é. E cá estão eles, prontos para desembrulhar e ligar à corrente e tubos de canalização, para começar a conservar alimentos, cozinhar, aquecer ou descongelar comida, lavar pratos, talheres e tarecos, entre outras tarefas. Um incalculável número de horas de labuta doméstica poupadas, prontinhas para serem preenchidas por outros tantos compromissos pessoais, sociais e profissionais (sim, porque isto de ficar sem fazer nada numa família moderna também tem muito que se lhe diga...).
domingo, 22 de maio de 2011
Monstro do calor
É da natureza humana adaptar-se a cada estação como se essa fosse eterna. Por isso, numa altura em que a canícula se prepara para ocupar as ruas da cidade, deixando os granitos a irradiar calor durante horas já depois do por-do-Sol, é difícil pensar em prevenção contra o frio. Contudo, é também algo inevitável, e chegou a hora de conhecer presencialmente o grande motor que vai tentar substituir a função energética da natureza durante o Inverno. Imediatamente apelidado de "o monstro", o enorme porte da bomba de calor já tem lugar no exterior, junto a uma das paredes laterais. Lá dentro, entretanto, multiplicam-se os radiadores, indisfarçáveis mas discretos e elegantes.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Cozinha a todo o vapor
domingo, 15 de maio de 2011
Casa prevenida vale por duas
Para evitar dissabores futuros (infiltrações de humidade à cabeça) optou-se por, após uma breve e bem acolhida negociação com os vizinhos da esquerda e da direita, revestir as paredes laterais contíguas ao telhado da casa. O aspecto geral é bastante mais consolidado e servirá para apaziguar personalidades mais ansiosas sempre que o mau tempo decidir fazer uma visita.
sábado, 14 de maio de 2011
Quintal urbano
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Era uma vez...
Parede vermelha
A sala de jantar regressa à aparência de estaleiro (com umas tábuas cruzadas a fazer lembrar os mecanismos de segurança que protegem jóias preciosas em filmes de acção). A explicação: a aplicação de um revestimento que procura enfatizar a transição das escadas para a cozinha contígua, cujo material se repete no seu mobiliário.
Sair do armário
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Bancas de cozinha
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Inside & out
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Fachada tardoz
segunda-feira, 11 de abril de 2011
O antigo pós-moderno
Há quem ache discutível esta vontade de recuperar o antigo, alegando que os tempos mudam e que de qualquer das formas é impossível reproduzir o que já não existe. É uma verdade, mas parcial. Outra verdade é que este desejo de acarinhar o antigo é uma coisa recente, pós-moderna mais do que moderna (se na modernidade o que se quis foi construir contra o passado, em grande escala, como se o planeta inteiro se pudesse transformar numa enorme indústria, organizada segundo as regras da economia e da matemática). Felizmente existe já uma massa crítica que não se coloca à margem da discussão mas que coloca a tónica na necessidade de regressar a uma vivência à escala humana. Nesse novo mundo (que é admirável sem ser monocromático), elementos da pré-modernidade, da modernidade e da pós-modernidade coabitam numa harmonia que não é uma ideia universal, antes a vontade de se identificar com um espaço, feito à medida dos seus habitantes.
domingo, 27 de março de 2011
Cadeirão
sábado, 26 de março de 2011
Casa verde
E como nestas coisas quanto mais cedo se começar melhor, frequentámos hoje uma das acções de formação da LIPOR sobre compostagem caseira. Para além de muitas informações úteis, foi bom perceber que é perfeitamente viável, economicamente lógico e ambientalmente urgente tomar uma iniciativa. Aproximadamente 40% do lixo que geralmente se classifica como indiferenciado pode ser transformado em composto orgânico, útil para adubar terrenos ornamentais ou horticulturas. A iniciativa, apoiada por fundos europeus, disponibiliza gratuitamente, para além da formação, compostores de tamanho suficiente para pequenos quintais ou jardins urbanos e um pequeno recipiente para os resíduos de cozinha. Mais informações aqui.
domingo, 20 de março de 2011
Pedra à vista
O valor de uma intervenção também se mede pelo preciosismo dos seus detalhes. Maioritariamente, não é possível avaliar o tempo investido em pormenores que se fundem depois no todo, contribuindo para uma boa impressão geral, mas que passam despercebidos à maior parte dos olhares. Será o caso desta secção em pedra, que estava revestida com várias gerações de tintas e que teve que ser limpa manualmente, poro a poro, com uma paciência digna de Job. Com a excepção de pormenores do exterior, foi a única secção onde se optou por apresentar pedra à vista (por se tratarem também das lajes maiores, como era típico nesta secção ).
quinta-feira, 17 de março de 2011
Comer, cozinhar
Projecto para a cozinha, que partilha o mesmo espaço com a sala de jantar. O facto de não existir aqui uma estrutura prévia permitiu pensar numa intervenção mais moderna, como contraponto à recuperação mais tradicional da casa restante. Foi uma sugestão bem acolhida pelos futuros residentes, por parecer condensar melhor a necessidade de criar uma área simultaneamente prática (porque cozinhar é uma actividade rotineira e suja) mas também elegante e convidativa (porque cozinhar também é um pouco criar, sair da rotina e, cada vez mais, um acto gregário, eminentemente social).
domingo, 13 de março de 2011
Projecto para armário
Nas relações parece haver sempre um parceiro recolector e outro de perfil mais 'utilitarista'. O primeiro diverte-se a acumular peças com funções variadas, e não lhe passa pela cabeça desfazer-se delas depois de ultrapassada a validade. O segundo sonha com um mundo mais organizado, pragmático e 'limpo' e, como tal, não perde oportunidade para se desfazer do que já não tem uso aparente. Posto isto, e não obstante, numa casa nova há que partir do nobre princípio da igualdade de oportunidades para todos (exemplificado no desenho simétrico do armário de quarto).
terça-feira, 8 de março de 2011
A luz entra...
... e despede-se ao fim do dia no ponto mais alto da casa, para deixar ver o efeito dos cuidados prestados ao soalho nos últimos dias. Um trabalho feito por homens, já não como na bela pintura de Caillebotte, mas com a ajuda preciosa de máquinas de vários portes. Quanto às mulheres, no seu dia e não só, serão sempre tão bem vindas como eles neste pavimento. "Les raboteurs de parquet", de Gustave Caillebotte (1875)
sexta-feira, 4 de março de 2011
É entrar, senhorias...
Era uma porta antiga, muito velhinha, que não podia sair do seu posto de comando. Longe iam os seus dias de glória, e entristecendo julgava-se condenada. Um dia vieram uns senhores, que enternecidos se compadeceram do seu destino e que, com desvelo e mil cuidados, sem a retirar do sítio, foram tapando buraco aqui, substituindo madeira ali, lixando, afagando e untando com massas. Dia para dia parecia mais próxima do esplendor original. Sabia que em breve cumpriria de novo a função há muito descurada: a de dar as boas vindas aos visitantes e a de guardar numa bonita caixinha notícias dos que tinham partido.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Desenhar para uma cidade
Só quando precisamos de partilhar o que é viver numa cidade é que percebemos quão subjectiva é essa experiência. A perspectiva muda consoante a nossa idade, as fases em que nos apanham ou simplesmente porque a própria natureza do burgo sofre mutações. Penso que é comum 'colarmos' o nosso estado de espírito ao que nos rodeia: quando estamos deprimidos e melancólicos, o Porto é uma cidade cinzenta, chuvosa e provinciana; se estamos apaixonados, tudo é cor, animação e património. Nessa partilha, nem sempre o verbo é o veículo mais claro. Foi o que percebeu desde sempre a Manuela Bacelar, ilustradora da invicta, que juntou os seus desenhos aos textos do Carlos Tê (outro ilustre tripeiro) no imperdível "Cimo de Vila". Para nós é assim como uma espécie de visão animada de uma antiga ilustração já aqui convocada.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Pequenas notas burocráticas
A alteração de qualquer elemento estrutural de uma casa, incluindo, na fachada, a mudança de cor carece de um pedido de licenciamento. Uma vez que a intervenção até à data constitui uma recuperação do edifício original, apenas foi necessário um aviso prévio de obra à câmara, que implica a fiscalização da obra para aferir a conformidade ao registo predial existente. O aviso possibilita o acesso a políticas de incentivo à recuperação na denominada ZIP (Zona de Intervenção Prioritária da baixa), incluindo isenções do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e do IMT (Imposto Municipal de Transacções).
Até agora, apenas a parte relativa ao saneamento implicou um pedido de licenciamento junto da empresa municipal Águas do Porto (o que pode também protelar outras intervenções).
O projecto da casa prevê ainda a adaptação para garagem da antiga loja existente no piso térreo, o que implicará a remoção de um pilar e subsequente montagem de uma porta de largura equivalente às duas antigas entradas (que correspondem também a dois números na rua). Essa intervenção carece de um pedido de licenciamento específico que será submetido a seu tempo.
Entretanto, advogados, um número difícil de estimar de funcionários públicos e vários cidadãos convocados a dar o seu testemunho gastam tempo precioso de vida e dinheiro público para deliberar sobre o papel de duas chapas de zinco enferrujado e amolgado num canto de um logradouro devoluto.
Enquanto o monstro burocrático engole as democracias no mundo ocidental, deglutindo pelo caminho a voz do cidadão, a obra desacelera a caminho do primeiro aniversário.
Até agora, apenas a parte relativa ao saneamento implicou um pedido de licenciamento junto da empresa municipal Águas do Porto (o que pode também protelar outras intervenções).
O projecto da casa prevê ainda a adaptação para garagem da antiga loja existente no piso térreo, o que implicará a remoção de um pilar e subsequente montagem de uma porta de largura equivalente às duas antigas entradas (que correspondem também a dois números na rua). Essa intervenção carece de um pedido de licenciamento específico que será submetido a seu tempo.
Entretanto, advogados, um número difícil de estimar de funcionários públicos e vários cidadãos convocados a dar o seu testemunho gastam tempo precioso de vida e dinheiro público para deliberar sobre o papel de duas chapas de zinco enferrujado e amolgado num canto de um logradouro devoluto.
Enquanto o monstro burocrático engole as democracias no mundo ocidental, deglutindo pelo caminho a voz do cidadão, a obra desacelera a caminho do primeiro aniversário.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Pezinhos de lã
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Pêras rochas e profundos carmesins
A cor é uma ficção gerada pela luz sobre a matéria. A sua leitura varia de acordo com a infinitude de possibilidades criadas pelo cruzamento entre essas duas variáveis (a que se junta, ainda, a competência da fonte ocular). Resultado? Após uma demão, a primeira opção para uma fachada (no cartão horizontal) pode revelar-se flagrantemente desajustada. Felizmente, a maleabilidade do julgamento humano é (quase) tão diversificada como a paleta de tonalidades da CIN, pelo que, após uma pequena tertúlia cromática, a decisão recaiu sobre o discreto mas distinto 'pêra rocha' (no cartão vertical), que vai casar muito bem, esperamos, com o tom mais 'afirmativo' das madeiras e do varandim.
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