segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Chaminé

Ei-la, singela mas altaneira, a aguardar o dia em que terá que cumprir a sua delicada mas fundamental função, como um exorcismo dos elementos: expelir fumos e vapores, sem deixar entrar indesejados como a água ou o vento nortenhos.

sábado, 28 de agosto de 2010

Andorinhas #2

Estas sabemos que não migram, mesmo querendo. Vão fazer companhia à residente mais antiga, que lhes ensinará como fazer promessas de Primavera eterna. Habitarão todas em local ainda por definir.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Porto entrevisto

Aqui fica registado um presente muito querido que nos chegou inesperadamente por correio e que já tem lugar cativo na biblioteca da casa na baixa. É um retrato de vivências do Porto de outrora, a cidade burguesa e pacata das ruas de Costa Cabral, Lindo Vale, Constituição e Marquês. Hoje não é tão burguesa mas continua pacata, deslumbrante e cheia de histórias por contar.

Obrigado ao professor e sua companheira

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Clarabóia reloaded...

... com ligeiro upgrade de tamanho.

Lã de vidro

Ele há de tudo nestes tempos modernos. Imagine-se que os vidros, essa coisa que servia para nos separar de uns sítios para os outros deixando passar só a luz ou para fazer objectos bonitos e utilitários, agora até produzem lã própria, assim como as ovelhinhas. E, para que conste, até há quem, possivelmente inspirado nas tradicionais yurts dos pastores mongóis, se dê ao trabalho de a recolher e fazer estas mantas volumosas que servem para isolamento nos tectos das casas. Agora é esperar pelas agruras do Inverno e ver o efeito.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Porta virtual

Proposta para a porta de entrada, depois do corredor de hall. Falta saber a opinião do arquitecto, antes de transitar para a sageza manual do marceneiro.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Operação pladur

Nesta imagem é possível observar a diferença entre uma parede interior, em primeiro plano, e uma parede exterior, no fundo. Enquanto que a primeira é constituída por uma estrutura de tabique revestida com pladur, a segunda consiste simplesmente numa camada de cimento sobre uma estrutura em pedra. O pladur é um material composto essencialmente por gesso, revestido por uma superfície de papel e é uma boa opção para paredes finas e que necessitam de um bom isolamento e acabamento. Também será aplicado na maior parte dos tectos, sobre uma estrutura metálica. Apesar da sua aparência frágil conferir aos espaços o seu quê de casa de bonecas, estamos confiantes no resultado final.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Código: verde


Com o jardim ainda em fase de projecto, há já várias plantas à espera de mudança, quase todas cedidas por amigos batidos nestas lides. Então temos, de cima para baixo e da esquerda para a direita: um mangerico e um mangericão (aromas divinos e o último, sobretudo, ideal para saladas, bebidas ou pratos 'italianos'); uma planta de interior (espécie desconhecida e ainda sem destino na casa); um belo exemplar de planta de incenso; hortelã ('ratada' pelo uso recorrente); uma plantinha de flores azuis mimosas (outra espécie de nome desconhecido); erva-príncipe (aromática e óptima para chá); finalmente, dois espécimes de cactos. Restará ainda espaço para um já prometido limoeiro, uma provável magnólia e as cheirosas rosinhas de santa teresa. Ideias para a organização do espaço seguirão em breve.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Escadas em progresso

Como aconteceu com o restante soalho, a madeira das escadas também se encontrava muito deteriorada e foi substituída por pinho, que já revestia originalmente toda a casa. Aqui está o resultado "quase final".

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mais louças


Bidé e sanita, duas peças essenciais numa casa urbana europeia, foram escolhidos, tal como o lavatório, num registo mais tradicional (ao lado). Já para o piso térreo, optou-se por uma linha mais contemporânea, com a assinatura da carismática Cerâmica de Valadares.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ciência do wc

Na esfera da intimidade, as maiores mudanças trazidas pela modernidade deram-se na esfera da higiene pessoal. Tal é visível no próprio espaço reservado há apenas um século atrás para as abluções e outras necessidades fisiológicas: ou era inexistente, ou remetido para um pequeno anexo exterior. Hoje, o peso da imagem, dos cuidados pessoais e das balizas de pudor reflecte-se numa expansão dos espaços consagrados. Nesta casa, o número e tipo de divisões foram objecto de discussão prolongada, tendo-se chegado à seguinte aritmética: uma casa de banho, com duche e banheira, no segundo piso, junto aos dois quartos; uma segunda, de serviço, no piso térreo, junto à cozinha e sala de jantar; no piso intermédio, um anexo exterior foi também preparado com uma pré-instalação (inicialmente pensava-se neste espaço como de arrumos, mas a lógica de prevenção e valorização do imóvel prevaleceu). As louças também já foram escolhidas. Ao lado, com direito a projecção virtual, o lavatório do segundo piso.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pedras preciosas

Ainda não a tínhamos visto e já a adorávamos como uma preciosa descoberta arqueológica: escondido debaixo de madeira e linóleo, é o primeiro degrau da entrada, que afinal é de pedra (puída pelo tempo, como acontece com as coisas que o tempo usa).

Por cima, fica o arco de acesso à casa, onde regressará uma porta que outrora terá existido, separando física e simbolicamente o espaço público do privado.

Um forte na baixa

domingo, 8 de agosto de 2010

Cachorros


Como acontece com o melhor amigo do Homem, em arquitectura os cachorros, também conhecidos por mísulas, podem ser de diversas formas e tamanhos. São elementos que se encontram expostos e servem para suportar varandas e beirais.

sábado, 7 de agosto de 2010

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Debaixo de um tecto

Para que o céu não nos caísse em cima da cabeça, receio herdado de uma pequena aldeia de irredutíveis gauleses, já tínhamos a garantia de um tecto sólido. Agora o sono vai ser ainda mais sossegado, com um tecto que inclui, para além da placa de pladour, um isolante térmico, ambos suportados pela singela estrutura metálica como a que se vê na foto.

domingo, 1 de agosto de 2010

Plásticas de gesso

É isto (auch!) que resta do outro tecto com gesso trabalhado. Os empurrões e as vibrações sofridas acabaram por se fazer sentir, e a opção teve que ser tomada: retirar o florão para restauro posterior de todo o tecto. Fica registado agora, já que temos o condão de esquecer as decisões que, como cirurgias adiadas ad aeternum, possuem uma inevitabilidade que pesa nas consciências menos cautelosas.