terça-feira, 1 de junho de 2010

Parede sim, parede não

Era uma vez, no espaço onde se instalará o futuro escritório, uma parede em 'bico' resultante do alargamento de uma casa de banho, cuja entrada se fazia pela marquise. Estando já planeada uma casa de banho de serviço no piso térreo e outra para os quartos no segundo piso, parecia excessivo instalar uma terceira numa casa para apenas duas pessoas. Assim, disse-se: "abaixo com a parede, para se conquistar espaço útil!" (assim se fez, respeitando o que era o traçado original). A pequena divisão com entrada pela varanda (antiga marquise) será contudo igualmente equipada com pré-instalação de canalizações (não vá o diabo tecê-las, nestas coisas deve entrar o seu quê de racionalidade económica a longo prazo). Sobrou um buraco na parede interior, que rapidamente se entaipou com uma instalação semelhante às esculturas do Pedro Cabrita Reis. Faz também lembrar um pouco um processo de regeneração de tecidos, como uma ferida cicatrizada.

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